Projetar um carro completamente novo é um desafio complexo e, muitas vezes, pode resultar em veículos que não atendem às expectativas iniciais. Contudo, alguns modelos, como bons vinhos, precisam amadurecer para revelar seu verdadeiro potencial. Neste artigo, exploraremos cinco carros que nasceram com falhas, mas que, ao longo do tempo, transformaram-se em verdadeiros ícones automotivos.
1. Volkswagen Fox: Da Simplicidade à Sofisticação
O Volkswagen Fox, inicialmente concebido para substituir o Gol, enfrentou obstáculos em seu lançamento. Com acabamento inferior e um motor 1.0 fraco, o Fox não conquistou os consumidores. No entanto, a determinação da Volkswagen em aprimorar o modelo resultou em duas reestilizações significativas, elevando sua qualidade.
Com um interior mais sofisticado e um novo motor 1.0 MPI, o Fox destacou-se como um dos melhores hatches no mercado brasileiro. A melhoria no chassi e nas suspensões trouxe uma condução mais refinada, consolidando sua posição como uma escolha de custo-benefício. O Fox, que teve um início difícil, encerrou sua trajetória sendo vendido em apenas duas versões, ambas com excelente relação custo-benefício.
2. Citroën Xsara / C4 Picasso: Da Repulsa à Admiração
A primeira geração da minivan Citroën Picasso, conhecida como Xsara Picasso, enfrentou desafios com suspensão frágil e transmissão problemática. Seu formato peculiar desagradou muitas famílias em busca de espaço interno. No entanto, a segunda geração, rebatizada como C4 Picasso, marcou uma reviravolta.
O visual ousado, a cabine sofisticada e melhorias mecânicas elevaram a minivan a um patamar desejável. A terceira geração, com motor THP e câmbio automático de seis marchas, consolidou a transformação da Picasso, tornando-a um veículo de destaque.
3. Jeep Compass: Da Desilusão à Liderança
Considerado um dos piores carros da Jeep em sua primeira geração, o Compass enfrentou críticas pelo visual desajeitado e pela qualidade interna questionável. A reestilização aliviou parte dos problemas, mas a verdadeira revolução ocorreu com a segunda geração.
A mudança foi tão significativa que a Jeep praticamente ignorou a existência da primeira geração. A qualidade de construção, o acabamento aprimorado e o visual renovado tornaram o Compass a referência entre os SUVs médios, sendo atualmente o mais vendido no Brasil.
4. Chevrolet Prisma: Da Modéstia à Sofisticação
A primeira geração do Chevrolet Prisma, derivada do Celta, tinha um projeto voltado para a economia. Com base no Corsa de 1994, conviveu com um volante torto, refletindo seu design modesto. No entanto, a segunda geração trouxe uma verdadeira revolução.
Adotando uma nova base modular, o Prisma cresceu em todos os aspectos, tornando-se um veículo sofisticado. Contribuindo para popularizar o câmbio automático em modelos compactos, o Prisma redefiniu o conceito de sedã com sua traseira curtinha e vidro inclinado.
5. Kia Cerato: Da Genérico a Ícone Global
A primeira geração do Kia Cerato, lançada em 2004, refletia a fase inicial da marca sul-coreana, com carros genéricos e pouco apreciados. A segunda geração, entretanto, foi uma verdadeira revolução.
O Cerato tornou-se um dos sedãs mais bonitos do mercado, mantendo um preço competitivo. Essa transformação global redefiniu a imagem da Kia, estabelecendo-a como uma marca de prestígio. O Cerato da segunda geração foi crucial para consolidar essa mudança, tornando-se um sucesso instantâneo.
