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Governo quer aumentar para 30% o etanol na gasolina, e isso é RUIM para VOCÊ!

O governo federal está considerando a possibilidade de aumentar o percentual de etanol na gasolina, passando dos atuais 27% para 30%. O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou essa proposta durante a abertura da Safra Mineira de Açúcar e Etanol. O objetivo é realizar um estudo para avaliar a viabilidade dessa mudança e garantir a segurança dos consumidores.

Histórico do teor de etanol na gasolina

Ao longo dos anos, o percentual de etanol adicionado à gasolina no Brasil tem variado. A última alteração ocorreu em 2015, quando o teor passou de 25% para os atuais 27%. Apenas a gasolina premium, como a BR Podium, manteve-se em 25%. Desde 1993, a quantidade de etanol adicionado à gasolina variou de 20% a 27%, sofrendo modificações em diferentes momentos.

Composição do etanol na gasolina

É importante compreender a composição do etanol presente na gasolina. O etanol utilizado na mistura com a gasolina é do tipo anidro, ou seja, não contém água. Por outro lado, o etanol hidratado, aquele oferecido nos postos de combustível, possui um percentual de água que varia de 6% a 7%. É essencial escolher postos de confiança para evitar abastecer com álcool com um teor excessivo de água.

Impacto no motor dos veículos

Para os motores flex, que estão presentes no mercado brasileiro desde 2003, não há riscos ao aumentar o teor de etanol na gasolina, pois esses motores são projetados para funcionar com até 100% de etanol. No entanto, os motores mais antigos movidos apenas a gasolina podem ser afetados, pois não estão preparados para lidar com o combustível derivado da cana.

Aumento do consumo de combustível

Uma das principais desvantagens para os motoristas, mesmo nos carros flex, é o aumento do consumo de combustível ao abastecer com gasolina contendo 30% de etanol. Devido ao menor poder calorífico do álcool em comparação com a gasolina, o veículo consumirá mais combustível para percorrer a mesma distância.

Além disso, é importante destacar que a tabela de consumo divulgada pelo Inmetro e pelas montadoras pode se tornar menos relevante, uma vez que todos os testes são realizados utilizando gasolina com 22% de etanol. Dessa forma, os brasileiros estão pagando pelo valor da gasolina e recebendo cada vez mais etanol no tanque, sem que o preço do combustível seja ajustado para baixo.

Pressão dos produtores de etanol

O aumento do teor de etanol na gasolina é mais uma concessão do governo à pressão dos produtores. Já foi autorizada outra mudança que prejudicará os motoristas: o aumento da porcentagem de biodiesel no diesel, que passará de 12% neste ano para até 15% em 2026. Essa mudança causará sérios prejuízos aos proprietários de veículos e máquinas movidas a diesel, como geradores presentes em hospitais. Em períodos de inatividade prolongada, esses geradores podem não funcionar adequadamente.

Quando o teor de biodiesel chegou a 13% (B13) há dois anos, ocorreram problemas com motores enguiçados, tanques, bombas, bicos e injetores entupidos, devido à formação de borra. O biodiesel é um combustível limpo e produzido a partir de vegetais, mas ainda não foi comprovada a eficácia das medidas adotadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para lidar com esses problemas.

Carros populares movidos a etanol

De acordo com estudos divulgados pela Stellantis, um carro movido exclusivamente a álcool é menos poluente do que um carro elétrico no Brasil. Essa comparação leva em consideração não apenas as emissões de CO2 associadas à propulsão, mas também as emissões ao longo de todo o ciclo de geração e consumo de energia. A proposta de retornar com carros populares no país está sendo discutida pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e pelo governo federal. Uma das propostas é que esses veículos tenham benefícios fiscais, desde que sejam movidos exclusivamente a etanol. Atualmente, 70% dos consumidores brasileiros utilizam gasolina em seus carros, enquanto apenas 30% optam pelo etanol.

Conclusão

O governo federal está considerando aumentar o teor de etanol na gasolina de 27% para 30%. Essa proposta será discutida em uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Embora o aumento do etanol na gasolina possa trazer benefícios para os produtores de etanol e para o meio ambiente, há implicações para os motoristas. Os carros flex não enfrentam riscos significativos, mas os motores mais antigos movidos apenas a gasolina podem ser prejudicados. Além disso, o consumo de combustível aumentará ao abastecer com gasolina contendo 30% de etanol. É importante considerar esses aspectos antes de implementar qualquer alteração na composição da gasolina.


Perguntas Frequentes

1. Qual é a diferença entre etanol anidro e etanol hidratado? O etanol anidro é utilizado na mistura com a gasolina e não contém água. Já o etanol hidratado, vendido nos postos de combustível, possui um teor de água que varia de 6% a 7%.

2. Os motores flex estão preparados para lidar com gasolina contendo 30% de etanol? Sim, os motores flex são projetados para funcionar com até 100% de etanol, portanto, não há riscos significativos ao aumentar o teor de etanol na gasolina.

3. Quais são os possíveis problemas ao utilizar gasolina com maior teor de etanol em motores movidos apenas a gasolina? Os motores mais antigos movidos apenas a gasolina podem ser afetados, pois não estão preparados para lidar com o etanol derivado da cana.

4. O consumo de combustível aumenta ao abastecer com gasolina contendo 30% de etanol? Sim, devido ao menor poder calorífico do etanol em comparação com a gasolina, o consumo de combustível será maior ao utilizar gasolina com maior teor de etanol.

5. Por que o governo está cedendo à pressão dos produtores de etanol? O governo tem cedido à pressão dos produtores de etanol em busca de benefícios ambientais e para incentivar o uso de combustíveis renováveis. No entanto, é necessário avaliar os impactos e as consequências para os motoristas antes de implementar qualquer alteração na composição da gasolina.

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Boris Camanzi

Boris Camanzi

Especialista em crédito e um amante automotivo. Antes de mais nada, apaixonado por tecnologia e automóveis! Bacharelado em Comunicação Social e MBA em Gestão de Negócios, com mais de 12 anos de trabalho dedicados a área automobilística, sempre fui norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação, tanto no segmento de veículos novos (0KM), seminovos, usados e leilão.

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